quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Falando de Autismo



O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um grupo de alterações complexas do desenvolvimento neurológico, que afetam a capacidade de socialização e comunicação da criança, bem como seu comportamento. O espectro do autismo inclui desde o transtorno mais leve, chamado Síndrome de Asperger, até o mais comprometedor, que é o chamado Autismo Clássico. No meio destes dois limites há o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (conhecido com a sigla PDD-NOS, do termo inglês), em que há algumas características do autismo ou da síndrome de Asperger, mas não se encontram todos os critérios necessários para fazer o diagnóstico de uma destas patologias.

As crianças que se incluem no diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista têm sintomas em comum, como, por exemplo, a dificuldade em interagir socialmente, bem como a presença de comportamentos repetitivos. Porém, estas crianças podem ser afetadas de forma muito leve, crescendo e levando uma vida normal, indo à escola e fazendo amigos. Por outro lado, nos casos mais severos de autismo, uma pessoa pode passar sua vida inteira sem nunca dizer uma palavra, fechada em seu mundo, sem conexão com as outras pessoas.

O motivo pelo qual ocorre o transtorno do espectro autista ainda é desconhecido, havendo muitos estudos para se tentar entender a fundo este problema. Estima-se um número de quase dois milhões de pessoas afetadas por este transtorno nos EUA. A ocorrência seria de uma em cada 110 crianças com diagnóstico de autismo. Com certeza, a melhora no reconhecimento desta doença pelos profissionais da saúde, bem como pelo público em geral, fez as estatísticas se elevarem.

Acredita-se que haja uma influência genética no desenvolvimento desta doença, pois ela acaba sendo mais freqüente, por exemplo, em irmãos. Outro aspecto importante é o fato de que, enquanto o autismo não sofre influência de raça, etnia ou grupo sócio-econômico, há uma incidência quatro a cinco vezes maior em meninos do que em meninas.

Até o momento não há cura para este problema, porém, o que se observa é que, o quanto antes o diagnóstico for feito, antes se iniciam estímulos e intervenções para ajudar o desenvolvimento social e comportamental daquela criança, melhorando as chances de atingir o máximo de seu potencial. Para isto, é importante estar atento a sinais que possam indicar precocemente algum problema. O autismo costuma ser diagnosticado por volta de dois a três anos de idade, na grande maioria das vezes. Isto ocorre porque, justamente neste período de vida, inicia-se a fala, que acaba prejudicada na presença deste transtorno. Mas, os pais podem ficar atentos a alguns sinais de alerta, antes mesmo da criança chegar a esta idade, e discutir com seu pediatra as suas observações.

A Academia Americana de Pediatria listou alguns sinais precoces, que podem indicar autismo em crianças menores de dois anos. Se você observar algo parecido em seu bebê, não deixe de conversar com seu pediatra. Lembre-se de que o desenvolvimento das crianças nem sempre é absolutamente igual e não se desespere se observar em seu filho um ou dois sinais como os descritos abaixo. O importante é o contexto global e a aquisição das etapas, mesmo que tardiamente.

Entre 2 a 3 meses, seu bebê não faz contato visual freqüente.
Aos 3 meses, ele não sorri para você.
Aos 6 meses, ele não dá risadas.
Por volta de 8 meses, ele não segue seu olhar quando você o contempla de longe.
Aos 9 meses, ele não começou a balbuciar.
Com 1 ano, ele não se vira de forma consistente quando você chama seu nome.
Com 1 ano, ele não começou a balançar a mão dando “tchau”.
Entre 1 ano e 1ano e 2 meses, ele não falou uma única palavra.
Com 1 ano e 2 meses, ele não aponta mostrando interesse.
Com 1 ano e 6 meses, ele não brinca usando a imaginação.


Ainda é importante saber que, aproximadamente 25% das crianças que parecem ter um desenvolvimento normal até um ano e meio de idade, podem gradualmente ou mesmo subitamente regredir em seu desenvolvimento, apresentando os seguintes sinais:


Param de falar (se já haviam começado a falar algumas palavras).
Param de dar “tchau” com as mãos.
Param de virar sua cabeça quando seus nomes são chamados.
Fecham-se em “uma concha” parecendo menos interessadas no ambiente que as cerca.

Para mais informações, acesse:

http://www.cdc.gov/ncbddd/actearly/downloads.html#checklists

http://www.healthychildren.org/english/health-issues/conditions/chronic/pages/Autism-Spectrum-Disorders.aspx?nfstatus=401&nftoken=00000000-0000-0000-0000-000000000000&nfstatusdescription=ERROR%3a+No+local+token





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