segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Piscina e dor de ouvido




O verão está chegando e as crianças começam a frequentar as piscinas. E quando se diz frequentar, se diz passar muitas horas na água, pulando, nadando e mergulhando.

Os ouvidos estão preparados para estes excessos? Na verdade, não.

O conduto auditivo externo, ou seja, o canal que se inicia na entrada do ouvido e vai até a membrana timpânica, é revestido de pele e tem a cera (ou cerume) como seu grande protetor. Quando as crianças mergulham horas e horas no verão, a cera do ouvido sai e a pele do conduto auditivo fica vulnerável. Com isto, as bactérias proliferam e causam uma infecção e o conduto auditivo externo fica inflamado e extremamente dolorido. Tão dolorido, que é difícil até encostar na orelha. A criança chora muito de dor, mas não costuma apresentar febre. Também não se observa nenhuma secreção saindo pelo conduto auditivo. Ou seja, basicamente há muita dor.

Nestes casos, utilizam-se analgésicos, gotas otológicas com antibióticos e antiinflamatórios e, algumas vezes, antibióticos por via oral.

Mas, o que fazer para prevenir as otites externas causadas por água da piscina? Fora do Brasil, há medicamentos que são pingados após a criança deixar a piscina. Um exemplo é o Little Ears by Little Remedies, que seca a água dos ouvidos retida após a natação e os mergulhos.



Porém, no Brasil, infelizmente não dispomos deste produto e de nenhum outro similar. Pode-se utilizar uma fórmula caseira que também funciona para secar a água do ouvido: Misture partes iguais de álcool 70° e vinagre em um vidro vazio com conta-gotas e pingue 4 a 5 gotas em cada ouvido após a criança sair da piscina. O álcool provoca a evaporação da água retida e o vinagre acidifica o ph do conduto auditivo, impedindo a proliferação de bactérias. 
Outra opção é utilizar álcool boricado a 3 %, também pingando 4 a 5 gotas em cada ouvido, após sair da água. Funciona muito bem evitando as otites externas após piscina.






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