quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O que mudará no calendário de vacinas do Posto



A partir de 18 de agosto, próximo sábado, o Ministério da Saúde iniciará duas mudanças no calendário de vacinas utilizado atualmente no Brasil.
As mudanças não incluem vacinas novas propriamente ditas, mas sim, mudanças nas vacinas já oferecidas.
Em primeiro lugar, a vacina contra a poliomilelite (vacina Sabin), a famosa gotinha, já incorporada pelas mães e crianças, passa a ser uma vacina injetável. A diferença é que a vacina injetável, conhecida como vacina Salk, é uma vacina inativada, ou seja, não há vírus vivos nela, ao contrário da vacina oral em gotas, que tem vírus vivos atenuados. Isto pode parecer pouco, mas não é, uma vez que existe uma chance pequena, porém não inexistente, de crianças vacinadas com as gotinhas desenvolverem a paralisia infantil através do vírus vacinal. Como esta situação tem maior risco nas primeiras doses, a princípio, o governo irá substituir as gotinhas por injeções nas doses aplicadas aos dois e aos quatro meses. Aos seis meses e aos quinze meses, as doses serão com a vacina em gotas, assim como nas campanhas.
A outra mudança que será implantada, é a aplicação da chamada vacina pentavalente. Atualmente, aos dois, quatro e seis meses, a criança recebe a vacina tetra, que imuniza contra difteria, coqueluche, tétano e haemophilus (esta última, uma bactéria causadora de meningite e pneumonia) e mais uma injeção de vacina para Hepatite B, aos dois e seis meses. A vacina pentavalente que será aplicada, juntará a Hepatite B com a tetra e será aplicada aos dois, quatro e seis meses.
Nas clínicas particulares já há uma vacina chamada pentavalente. Porém, a composição é diferente desta que será implantada pelo governo. Na vacina das clínicas entram a difteria, coqueluche, tétano, haemophilus e poliomielite inativada (Salk). Quando se associa a hepatite B, a vacina é a hexavalente. Além disto, a vacina é acelular, ou seja, não provoca reações neurológicas, que podem ocorrer com a vacina de células inteiras, oferecida na rede pública.
Não há menção nas mudanças anunciadas com relação à implantação da vacina acelular na rede pública, portanto, a vacina continua sendo a de células inteiras.
Há bastante ainda o que melhorar, mas estas mudanças são um começo. Vamos aguardar as próximas, para que o calendário do posto fique mais próximo ao das clínicas, tanto em variedade quanto em qualidade de vacinas.






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