quarta-feira, 23 de maio de 2012

Vacinas do Posto x Vacinas particulares: quais são as diferenças? Parte 2



Vacina contra poliomielite (Sabin e Salk)
A poliomielite é causada por um vírus cuja aquisição se faz por via oral, ou seja, pela ingestão de água ou alimentos contaminados com o vírus. O vírus da pólio causa a tão temida ˜Paralisia Infantil”, uma doença que felizmente já foi erradicada do Brasil. Porém, a pólio ainda está presente em várias partes do mundo e, por este motivo, é fundamental que continuemos a vacinar as nossas crianças contra a pólio.
Sabin = vacina contra a pólio do posto de saúde
É a vacina da gotinha. É uma vacina muito eficaz e que é feita com vírus vivos atenuados, ou seja, enfraquecidos por processos químicos. Por conter vírus vivos, mesmo que estejam atenuados, há um pequeno risco do vírus da vacina causar a paralisia infantil. Em um país onde a paralisia infantil já foi erradicada, no meu entender, não é admissível se correr o risco de adquirir poliomielite pela vacina.
Salk= vacina contra a pólio das clínicas particulares
É injetável e é feita com vírus inativados, não havendo qualquer risco de se adquirir poliomielite por esta vacina. Quanto à eficácia, as duas vacinas, a Salk e a Sabin são igualmente eficazes na proteção contra a pólio. Esta vacina está disponível comercialmente somente na forma combinada com outras vacinas, que são as vacinas pentavalente e a hexavalente, sobre as quais falarei no final.
O esquema completo de vacinação, tanto para a Salk como para Sabin é composto de seis doses: aos 2, 4 e 6 meses, 1º reforço com 15 meses e 2º reforço entre 4 e 6 anos de idade.
Está prevista para este ano, a introdução da vacina Salk nos postos de saúde, porém, por enquanto, a vacina dos postos ainda é a Sabin.
Vacina tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche)
A diferença entre a tríplice do posto e das clínicas é que a vacina do posto é feita com células inteiras e a das clínicas é acelular. Trata-se de uma questão técnica que diz respeito ao processo de fabricação da vacina, não havendo interferência na eficácia da vacina. Porém, há uma diferença na prática: observa-se que a vacina de células inteiras (utilizada nos postos de saúde) causa efeitos colaterais como inchaço, dor no local da aplicação e febre com uma maior frequência.
O esquema completo de vacinação também é composto de três doses,(2, 4 e 6 meses), 1º reforço com 15 meses e 2º reforço entre 4 – 6 anos de idade.
Vacina contra haemophylus influenzae
Esta bactéria é responsável por infecções como otites, pneumonias, sinusites e até mesmo meningite, principalmente em crianças com menos de 4 anos de idade. As vacinas contra o haemophylus influenzae dos postos de saúde e das clínicas são iguais. Nos postos de saúde, a vacina contra o haemophylus é aplicada juntamente com a vacina tríplice bacteriana e, por este motivo, se chama vacina tetrabacteriana e, neste caso, a tríplice será a de células inteiras, como foi descrito anteriormente.
Nas clínicas particulares, a vacina contra haemophylus influenzae é oferecida separadamente, ou junto com a tríplice acelular (tetravalente acelular), ou ainda dentro da vacina hexavalente ou dentro da vacina pentavalente.
Vacina hexavalente
É uma vacina que combina 6 vacinas em uma única injeção: Salk (pólio inativada), tríplice acelular (difteria, tétano e coqueluche), haemophylus influenzae e hepatite B. Esta vacina está disponível somente nas clínicas particulares e pode ser utilizada aos 2 e 6 meses de vida do bebê.
Vacina pentavalente 
É uma vacina que combina 5 vacinas em uma única injeção: Salk (pólio inativada), tríplice acelular (difteria, tétano e coqueluche) e haemophylus influenzae. Esta vacina está disponível somente nas clínicas particulares e pode ser utilizada aos 4 meses de vida do bebê e no 1º reforço, aplicado geralmente com 15 meses de vida.
Na parte 3 falarei sobre as vacinas contra meningococo e pneumococo.





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