A vitamina D é essencial no metabolismo do cálcio. Ela promove a absorção intestinal do cálcio presente nos alimentos ingeridos. Com o cálcio disponível na circulação ocorre a adequada mineralização dos ossos. Sem vitamina D suficiente, os ossos se tornam finos e fracos, ocorrendo o que se conhece por raquitismo. Nos adultos, a vitamina D e o cálcio em proporções adequadas, evitam a osteoporose.
Além desta importante função, a vitamina D atua modulando o crescimento das células, reduzindo a inflamação e também possui função no sistema imunológico e neuromuscular. Muitas células no organismo possuem receptores para a vitamina D e, por este motivo, sua ação é bem mais ampla do que se imaginava antigamente. Sabe-se hoje, através de estudos em adultos, que a deficiência de vitamina D tem sido ligada ao aparecimento de doenças como osteoporose, câncer de mama, câncer de cólon, câncer de próstata e doença cardíaca.
A principal fonte de vitamina D é o sol. Isto, porque o organismo produz vitamina D na pele através da exposição aos raios ultravioleta. Há controvérsias com relação ao tempo necessário de exposição ao sol, para se alcançar níveis adequados de vitamina D. Há estudos mostrando que 5 a 30 minutos de exposição ao sol, entre 10 horas da manhã e 3 horas da tarde, pelo menos duas vezes por semana, no rosto, nos braços, nas pernas ou nas costas, levariam à produção suficiente de vitamina D. Porém, em dias completamente nublados há redução em 50% na energia ultravioleta e a poluição pode reduzir 60% desta energia.
Porém, sabe-se que a radiação ultravioleta é carcinogênica, sendo responsável por aproximadamente 1,5 milhão de diagnósticos de câncer de pele, bem como 8.000 mortes por melanoma maligno, anualmente nos Estados Unidos. A Academia Americana de Pediatria recomenda inclusive, que crianças menores de seis meses não se exponham ao sol e, a partir dessa idade, que utilizem grandes quantidades de protetor solar quando estiverem expostas.
Os alimentos em geral, são pobres em vitamina D. Os mais ricos nesta vitamina são o atum, a sardinha, o salmão e a gema de ovo. O próprio leite materno é pobre em vitamina D e seu nível está diretamente relacionado ao nível de vitamina D da mãe.
A suplementação da vitamina D é a forma mais eficaz para serem mantidos níveis adequados desta vitamina. Os maiores grupos de risco são as crianças amamentadas com leite materno exclusivo ou aleitamento misto, os adolescentes que ingerem pouco leite e os idosos. As crianças que tomam 1 litro de leite enriquecido com vitamina D por dia não necessitam de suplementação. Mas, logicamente, não se substitui o leite materno por outro leite para ter mais vitamina D. A melhor forma é a suplementação.
Preconiza-se a suplementação de 400 UI de vitamina D para crianças menores de 1 ano de idade, a partir da primeira semana de vida. Para quem tem entre 1 ano e 18 anos, a recomendação é de 600 UI de vitamina D por dia. Os idosos necessitam de 800 UI diárias.
Em nosso meio, a vitamina Ad-til é a mais conhecida e, cada gota tem 200 UI. Portanto, em crianças menores de 1 ano, 2 gotas por dia são suficientes, aumentando-se para 3 gotas por dia, a partir de 1 ano.
Quem viaja para os Estados Unidos pode trazer vitaminas mastigáveis contendo vitamina D e cálcio, que as crianças maiores adoram. Elas devem comer apenas uma por dia.
Para saber se sua criança está com os níveis de vitamina D adequados, a dosagem de OHvitaminaD no sangue é solicitada pelos médicos e, se necessário, faz-se a reposição.
Não deixe de conversar sobre isto com seu pediatra, pois a deficiência nesta vitamina é muito mais frequente do que se imagina.