Um Feliz Natal a todos, com muita saúde, paz e amor!! Que 2013 traga a todos nós muita saúde, alegrias e realizações!
Obrigada a todos que nos acompanharam em 2012! Um forte abraço, Ivani, Lídia e Janete
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
É tempo de roséola!
Roséola, ou roséola infantum, é uma doença causada por
vírus, que acomete crianças na faixa etária de seis meses a dois anos,
principalmente. Há dois vírus que causam a roséola: o vírus herpes 6 e o vírus
herpes 7, a mesma família dos vírus que causam catapora, apesar de não haver
nenhuma semelhança entre estas doenças.
A roséola ocorre principalmente durante a primavera e o
outono, ou seja, estamos na época da roséola. É uma doença benigna, que se
inicia com febre alta, geralmente sem outros sintomas. Algumas vezes pode
ocorrer discreta coriza, mas esta não é a regra. A criança fica prostrada
durante a febre, mas, assim que fica afebril, ela volta totalmente ao normal,
permanecendo bem ativa. Pode acontecer de haver pouca perda de apetite, mas
muitas criança com roséola continuam comendo normalmente, mesmo doentes.
A febre costuma durar de três a cinco dias e cessa
subitamente. Nesta hora, aparece o exantema, que são várias manchinhas
vermelhas, bem pequenas, iniciando-se no tronco (abdômen e costas) e se espalhando para a face
e, depois, para os braços e as pernas. Estas manchinhas não são elevadas, não
coçam e não têm líquido dentro delas. Quando se aperta o local das manchas, o
local fica branco. Este exantema dura
mais ou menos dois a três dias e desparece, sem deixar marcas.
Se a criança for avaliada pelo médico no período da
febre, é quase impossível dizer que ela está com roséola. O médico pode até
suspeitar, mas o diagnóstico só é mesmo possível quando aparece o exantema.
Nesta hora, já estamos no final da doença e não é necessário fazer nada.
Portanto, o diagnóstico é clínico e se baseia na história da doença e no exame
físico.
A criança que se infecta pelo vírus que causa roséola,
passa por um período de incubação que pode durar aproximadamente uma semana.
Neste período, não há nenhum sintoma, porém ela está transmitindo a doença.
Quando o quadro febril se instala, bem como as manchas pelo corpo, não há mais
transmissão. Por este motivo é tão
difícil evitar o contágio.
Não há vacina contra o vírus que causa roséola, por ser
uma doença extremamente benigna. O tratamento se baseia no uso de antitérmicos,
como a Dipirona, o Ibuprofeno ou o Paracetamol. Não se utilizam antibióticos,
pois esta é uma doença viral e os antibióticos não conseguem combater os vírus.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Alimentos orgânicos: vale a pena pagar mais por eles?
A Academia
Americana de Pediatria publicou neste mês de outubro um trabalho bastante
completo a respeito dos alimentos orgânicos, suas vantagens e desvantagens com
relação à saúde e ao meio ambiente ( Organic Food: Health and Environmental
Advantages and Disavantages).
Nos Estados
Unidos, o mercado de alimentos orgânicos cresceu de 3,5 bilhões de dólares em
1996 para 28,6 bilhões de dólares em 2010. Aqui no Brasil este mercado ainda é
acanhado, mas já se nota um movimento crescente de pessoas que consomem
alimentos orgânicos.
Por
definição, um alimento orgânico é aquele que deriva de um cultivo ou de uma
criação livre de substâncias químicas sintéticas, hormônios, antibióticos,
engenharia genética e irradiação. Nos Estados Unidos, para receber o
certificado de orgânico, o alimento deve ser cultivado em uma fazenda que não
usa pesticida sintético, herbicida ou fertilizante há pelo menos três anos,
para garantir que não tenha havido contaminação de áreas adjacentes do solo.
Observou-se
que os consumidores que escolhem alimentos orgânicos costumam ter crianças e
adolescentes na família e acreditam que estes alimentos são mais nutritivos e
têm menos aditivos e contaminantes, sendo cultivados com maior sustentabilidade.
Porém, os
resultados desta pesquisa revelaram que alimentos orgânicos não possuem
vantagens nutricionais significantes, quando comparados aos alimentos
convencionais.
Em termos de
vantagens para a saúde, há consenso de que os alimentos orgânicos expõem os
consumidores a menos pesticidas que levam a doenças. Porém, não se consegue
até o momento, medir a relevância clínica desta redução.
Em fazendas
convencionais de criação de gado, há frequentemente o uso de antibióticos em
doses não terapêuticas, para melhorar o crescimento dos animais e aumentar a
produção. Muitos destes antibióticos são idênticos ou similares aos utilizados
em humanos e há evidências de que o uso destas drogas, desta maneira, promove o
aparecimento de microrganismos resistentes, que acabam se disseminando pela
cadeia alimentar. Nas fazendas orgânicas, é proibido o uso de antibióticos, a
menos que seja para fins terapêuticos. Desta forma, há menor chance de se
disseminarem microrganismos resistentes a antibióticos.
Quanto ao leite
orgânico, praticamente não há vantagens com relação ao leite convencional. Não
se deve consumir leite que não tenha sido submetido ao processo de
pasteurização. É frequente o uso de GH
(hormônio de crescimento) no gado, para aumentar a produção de leite. O uso deste hormônio não interfere nos
humanos, pois este hormônio é específico para cada espécie, ou seja, cada
espécie tem o seu GH. Desta forma, o GH da vaca não tem ação nos humanos. Além
disto, 90% do hormônio se degrada no
estômago, durante a digestão.
Por último, o
preço. Hoje, nos EUA, os alimentos orgânicos custam de 10% a 40% mais caros do
que os alimentos convencionais. Aqui no Brasil, os preços também são bem mais
altos e a oferta ainda é bem pequena. Esta diferença de preço é explicada pelas
técnicas utilizadas nas fazendas orgânicas, que usam muita mão de obra humana,
têm menor produtividade e, no caso de fazendas de criação, pelo custo mais alto
dos alimentos orgânicos oferecido para os animais. Porém, acredita-se que com o
avanço de técnicas de cultivo de alimentos orgânicos, esta diferença de preço
tenda a ser reduzida com o tempo, propiciando a mais pessoas que consumam estes
alimentos.
O que fica de
relevante neste trabalho é que não se deve deixar de consumir frutas, legumes e
verduras, ou mesmo consumir estes alimentos em menor quantidade, uma vez que
sendo orgânicos têm maior preço. Neste caso, é preferível que se consumam
estes alimentos na forma convencional, em proporções maiores, pela sua
importância enorme na nutrição.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Brinquedos e Brincadeiras

A Importância de brincar
No dicionário encontramos que brincar é "divertir-se,
recrear-se, entreter-se, distrair-se”.
Mais do que isso, brincar é uma das formas mais complexas que a criança
tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo. O brincar facilita o processo de
aprendizagem, porque brincando a criança reproduz situações do seu dia a dia e
desenvolve capacidades importantes como a atenção, a concentração, a memória, a
percepção, a imitação e a imaginação.
Tudo isso favorece o desenvolvimento de áreas da personalidade como
afetividade, motricidade, inteligência e criatividade. Ao brincar, a criança
também aprende a ouvir, respeitar regras, concordar e discordar de opiniões,
argumentar e chegar a um consenso e desta forma, aprender a exercer sua
liderança e mais ainda, tem a oportunidade de compartilhar a sua alegria de
brincar. Brincando, a criança exercita toda sua potencialidade e faz
descobertas com alegria e sem stress ou cansaço, porque está livre de
cobranças, tornando-se mais autoconfiante.
Quando uma criança não brinca, a falta desse prazer pode acarretar
distúrbios de comportamento, como irritabilidade e agressividade, além de
alterações do sono.
Brinquedos e Brincadeiras
Hoje em dia, há uma quantidade imensa de brinquedos. Basta
sentar-se um pouco com seu filho ou filha para assistir a um desenho na
televisão que você vai se dar conta da infinidade de comerciais sobre todos os
tipos de brinquedos que vão passando como uma vitrine diante dos olhinhos
encantados dos nossos filhos, que sem dúvida alguma, vão querer todos aqueles
reluzentes brinquedos. É claro que os
brinquedos são importantes. Toda brincadeira gera aprendizado e os brinquedos
do seu filho são ferramentas que podem melhorar o seu desenvolvimento, mas nunca
podem substituir o contato com os pais e os benefícios desta interação tão
vital para o bem estar das crianças.
Escolhendo Brinquedos
Para a escolha ideal, os brinquedos devem ser:
1) Seguros de forma que não causem qualquer acidente. Por isso os
brinquedos devem ser de materiais laváveis, atóxicos, resistentes, sem bordas
cortantes e sem partes que podem ser destacadas e engolidas ou introduzidas em
orifícios como nariz ou ouvidos. A indicação de que o brinquedo foi testado e
aprovado pela sua segurança deve ser sempre verificado.
2) Apropriados para idade da criança, com objetivo de
proporcionar o melhor desenvolvimento infantil. Assim, os pais devem sempre
estar atentos à faixa etária antes da compra do brinquedo, procurando adequá-lo
à idade e ao nível de maturidade emocional do filho. O objetivo ao presentear
uma criança com um brinquedo deve ser de estimular o seu desenvolvimento e
aguçar a sua curiosidade infantil e não de frustrá-la com algum brinquedo para
o qual ela ainda não adquiriu habilidade para aproveitá-lo.
É a brincadeira que
importa e não propriamente o brinquedo.
Quem já não viu uma criança preferir brincar com panelas e
outros objetos que não são realmente brinquedos? A diversão pode não ser encontrada num
brinquedo caro e sofisticado. As crianças apreciam a quantidade de tempo que
dedicamos a elas. A interação com o seu
filho ou filha é mais importante do que o objeto material. E mesmo correndo o
risco de sermos também seduzidos pelos apelos dos comerciais, vale à pena
lembrar que é papel do marketing nos atrair para as compras mesmo, mas nós
temos que ficar atentos que qualquer que seja o presente ofertado aos nossos
filhos, é primordial que participemos ativamente destes momentos de brincadeira
com eles. Para propiciarmos às nossas
crianças uma infância saudável precisamos dedicar tempo para brincarmos
juntos. Esta é uma das melhores formas
de estimularmos o pleno desenvolvimento e as potencialidades de uma criança,
obtendo assim melhores resultados no desenrolar da sua vida.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
10 perguntas e respostas sobre os dentes dos bebês
Quando
nascem os dentes dos bebês?
Por volta do segundo trimestre de gestação, começam a se
formar os primórdios dos dentes, dentro da gengiva do bebê. Ao nascimento, já
há todas as raízes e por volta do quarto mês de vida, os dentes estão cobertos
pelo esmalte dentário. Na maioria dos bebês, os dentes começam a nascer a
partir do sexto mês, mais frequentemente por volta dos oito meses. Os primeiros
dentes que nascem são os incisivos centrais inferiores, ou seja, os dois
dentinhos centrais na gengiva de baixo. Aproximadamente um mês após estes
primeiros dentes surgirem, nascem os dois dentinhos centrais de cima, os
incisivos centrais superiores. Não é raro nascerem junto os laterais superiores
e a criança passa a ter quatro dentes superiores. Em seguida, nascem os
incisivos laterais inferiores, seguidos dos primeiros molares, que são dentes
bem grandes mais no fundo da boca. Após os molares, vêm os caninos, que são
pontudos e ficam entre os dentes da frente (incisivos) e os molares. Após os
dois anos, nascem os segundos molares, completando a coleção. Ao final, há
vinte dentes de leite, por volta dos três anos.
Bebês
podem nascer com dentes?
É raro, mas pode acontecer de um bebê nascer com um
dente. Isto pode acontecer na proporção de um para cada 2.000 recém-nascidos.
Geralmente são dentes extranumerários, ou seja, há todos os dentes e mais este.
É importante definir se é um dente extra, porque em geral, estes dentes são
removidos, pelo risco de caírem e serem aspirados para o pulmão. Porém, no caso
de não ser um dente extra, ou seja, ser um dente de leite presente ao
nascimento, a conduta de retirada do dente deve ser avaliada com o dentista.
Meu
bebê de quatro meses está babando muito. Será que já virão os dentes?
Apesar de algumas crianças poderem ter sua dentição se
iniciando nesta idade, isto é raro. Todas as crianças passam a babar muito por
volta do quarto mês de idade, porque nesta fase existe um grande aumento normal
na produção de saliva. Algumas chegam até mesmo a engasgar com este excesso
salivar. Isto não se relaciona com a chegada dos dentes nesta fase.
Minha
criança de nove meses ainda não tem dentes. Será que há algo errado?
Há uma grande variação na época em que os primeiros
dentes começam a nascer. Em média os primeiros dentes nascem por volta dos seis
meses, porém, a partir de um mês de idade até um ano e meio considera-se um
período normal para o nascimento dos primeiros dentes. Ou seja, aos nove meses,
um bebê sem nenhum dente é perfeitamente normal.
É
verdade que quando nascem os dentes, a criança tem febre e diarreia?
A literatura médica não costuma relacionar sintomas de
febre, resfriados ou diarreia com o nascimento dos dentes. Porém, na prática, o
que se observa é que, em algumas crianças, na fase em que nascem os dentes, há
sintomas concomitantes. Geralmente são sintomas leves, como o intestino mais
solto, com assaduras frequentes, por exemplo. Há crianças que parecem ter uma
queda de resistência nesta fase, ficando mais suscetíveis a apresentar viroses
respiratórias, como resfriados. Nestas situações, a febre costuma acompanhar o
quadro. Portanto, uma criança com febre alta ou uma diarreia intensa, necessita
de uma avaliação pediátrica, não sendo correto atribuir-se tudo aos dentes que
estão nascendo. Nestes casos, provavelmente há uma infecção.
Puxar
a orelha pode ser sinal de que o dente está vindo?
Sim, esta é uma verdade. Na fase de nascimento dos
dentes, é muito frequente as crianças puxarem a orelha, ou enfiarem o dedinho
dentro da orelha, como se algo estivesse incomodando. Na verdade, isto ocorre
porque a dor se reflete da região dos dentes para a orelha. Mas a criança
continua alegre e animada. Se a criança tem uma infecção de ouvido, além da
dor, há febre alta e persistente, com prostração, além do incômodo na região da
orelha.
O
que fazer quando o bebê está muito irritado na fase de nascimento dos dentes?
Há crianças que realmente sofrem muito nesta fase. Muitas
deixam de comer, não conseguem aceitar a colher e voltam a só querer leite.
Outras, não aceitam mais alimentos sólidos e só querem papas. Algumas crianças
voltam a babar muito e acordam chorando no meio da noite. É curioso observar
como há variação de uma criança para a outra. Já vi crianças no consultório com
oito dentes nascendo ao mesmo tempo e a mãe nem sabia, de tão tranquila que a criança
estava. Infelizmente, outras, sofrem dente a dente.
O que fazer? Basicamente, deve-se tentar amenizar a dor.
Para isto, há dois tipos de recursos: os anestésicos tópicos, tipo Nenê dent,
ou os analgésicos por via oral, tipo Acetaminofen ( Tylenol, Pratium) ou
Ibuprofeno (Alivium, Doraliv), este último para os maiores de seis meses.
Se a intenção é aliviar a dor na hora da refeição,
pode-se aplicar uma quantidade pequena de gel anestésico, uns quinze
minutos antes de oferecer a comida, para que a gengiva já esteja mais
amortecida. Se a necessidade é de se manter a dor controlada por várias horas,
como durante a noite, o melhor é dar uma dose de medicamento por via oral, cuja
duração é mais longa.
Dar mordedores para o bebê sempre pode ajudar. Os
mordedores que têm gel e vão para o congelador, acabam fazendo um bom efeito,
porque o geladinho acaba também aliviando a dor.
Que
cuidados devo ter com os dentinhos de leite?
Logo que os dentes nascem, deve-se iniciar sua higiene,
com uma escovinha macia e água. Eu costumo indicar a escova de dentes da marca
MAM, que é bem pequena e macia. Não é necessário o uso de creme dental nesta
idade tão precoce. A simples escovação é suficiente para manter os dentes
limpos. Logicamente, se for possível, a escovação após todas as refeições é
sempre indicada. Porém, o horário mais importante para se escovar os dentes da
criança é o horário noturno, uma vez que durante a noite a produção de saliva é
muito baixa, facilitando o aparecimento de placas bacterianas. Depois que a
criança escovou os dentes, não deveria mais comer ou beber nada. Há crianças
que mamam para dormir e dificilmente se consegue escovar seus dentes após
adormecerem. Neste caso, se for dado leite após a escovação, a recomendação é
que seja leite puro, sem açúcar ou qualquer produto adicionado ao leite.
Qual
creme dental devo usar?
Quando a criança cresce um pouco, por volta de um ano, já
fica mais difícil escovar seus dentes, pois há relutância com a escova e o ato
da escovação. Nesta hora, pode-se iniciar o uso de um creme dental sem flúor,
pois as crianças pequenas não conseguem cuspir após a escovação e engolem o
creme dental. Se engolirem flúor em excesso, podem ocorrer manchas nos dentes,
situação conhecida por fluorose. Em geral, até os quatro anos de idade,
mantém-se o creme sem flúor. Há algumas marcas no mercado, como o gel dental
sem flúor da Weleda, ou o Malvatrikids Baby, do laboratório Daudt. Recomenda-se
utilizar a quantidade equivalente ao tamanho de uma ervilha.
A partir dos quatro a cinco anos, quando já aprendem a
cuspir, utiliza-se um creme dental infantil, que possui a metade da quantidade
de flúor dos cremes dentais de adultos.
Quando
devo levar minha criança ao dentista?
A Academia Americana de Pediatria recomenda que a
primeira avaliação pelo dentista seja feita por volta dos três anos, quando já
se completou a dentição. Até esta hora, o pediatra deverá orientar os cuidados
de higiene adequados e observar alguma situação que necessite avaliação mais
precoce do odontopediatra. A American Dental Association, por sua vez,
recomenda uma primeira avaliação por volta de um ano de idade.
sábado, 29 de setembro de 2012
O Pediatrio foi à CBN
Hoje a Dra. Ivani
Mancini deu uma entrevista à jornalista Tânia Morales do programa Revista CBN.
A entrevista fala sobre o blog e algumas orientações aos pais. Vale ouvir, caso
você não tenha conseguido.
Para ouvir a entrevista, acesse o link
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Bruxismo na infância
Bruxismo é o ato consciente ou
inconsciente de ranger os dentes durante o sono. Apesar de causar preocupação aos pais, é bastante
comum na infância, atingindo principalmente as crianças entre três e seis anos
de idade, que estão ainda na primeira dentição. Nesta fase, os dentes podem
estar mal posicionados devido a uma diferença cronológica na erupção dos dentes
de leite, fazendo com que a criança, ao ranger os dentes, busque uma posição de
equilíbrio e mais confortável.
Além da dentição, há outros
fatores que também podem causar o bruxismo, como a respiração bucal (alergias
respiratórias) e fatores psicológicos relacionados ao estresse causado por
muitas atividades durante a infância, acompanhadas das cobranças, sejam dos
pais, da escola ou mesmo a autocobrança da criança.
Há fatores externos que também podem
agravar o bruxismo, como dormir de luz acesa, com a TV ligada ou ficar muitas
horas no computador antes de deitar, porque todos esses estímulos sonoros e
luminosos interferem no ciclo do sono. Mesmo que a criança não acorde, estes
estímulos podem se tornar um gatilho para o desencadeamento do bruxismo. Por
isso, um ambiente tranqüilo para o descanso ajuda no bem-estar da criança.
Apesar de muito popular, a
associação entre bruxismo e verminoses não tem comprovação científica.
O bruxismo não é uma doença, e
sim um distúrbio que até os seis anos de idade é considerado normal. Entretanto,
após os seis anos, o constante ranger dos dentes pode gerar problemas nas
gengivas, desgaste acentuado do esmalte, alterações no formato dos dentes,
podendo até chegar à perda. O bruxismo
também pode causar pressão nas articulações têmporo–mandibulares, provocando
dores de cabeça, dores na nuca e na coluna.
Se o bruxismo não trouxer
consigo esses desconfortos, não há motivos para preocupação. Em caso contrário,
é importante procurar o odontopediatra, um especialista em odontologia infantil,
que vai avaliar a mordida e as formas de correção.
Para as situações de pressão na
vida diária das crianças, a terapia de apoio psicológico pode auxiliar muito.
Além disso, a prática de atividades de lazer e brincadeiras, assim como as
atividades esportivas e artísticas ajudam na parte emocional da criança
reduzindo
o estresse e a ansiedade, diminuindo os episódios de bruxismo.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Quando os linfonodos são preocupantes?

É muito frequente durante o banho da criança, a mãe ou o pai palparem pequenos nódulos, principalmente na região da cabeça e do pescoço da criança. Isto, muitas vezes, costuma causar preocupação, principalmente se já houve alguma experiência com tumores na família.
Felizmente, na grande maioria das vezes, estes nódulos são linfonodos normais.
Linfonodos fazem parte do nosso sistema imunológico, ou seja, são parte da defesa do organismo. Eles atuam como filtros, retendo bactérias, vírus, fungos, partículas estranhas e células malignas que circulam pelos vasos linfáticos. Nos linfonodos há a destruição deste material. Quando isto acontece, os linfonodos podem aumentar de tamanho.
Eles estão presentes já ao nascimento, porém costumam ser muito pequenos e molinhos, de forma que passam despercebidos frequentemente. Conforme a criança passa a ter contato com o ambiente e se contamina com vírus e bactérias, o sistema de defesa necessita ser acionado e os linfonodos aumentam de tamanho, passando a ser mais percebidos. A região onde mais frequentemente são palpados é a região do pescoço e da cabeça, atrás das orelhas. Isto, porque qualquer resfriado, por exemplo, mobiliza as defesas do organismo e os linfonodos (ou gânglios) aumentam de tamanho. Infecções como otites, sinusites, amigdalites, estomatites ou lesões de pele na região da face ou do couro cabeludo, também aumentam o tamanho dos linfonodos.Até o rompimento dos dentes pode levar a um aumento destes gânglios. Uma vez resolvido o processo infeccioso ou a lesão, o linfonodo volta ao seu tamanho normal, que é de aproximadamente 1 cm.
Se a criança tiver uma lesão no braço, como uma infecção de pele ou mesmo uma picada grande, pode haver linfonodo palpável na axila correspondente, ou se tiver um machucado na perna, pode-se palpar um linfonodo na região da virilha do mesmo lado.
Em algumas infecções, pode haver um aumento generalizado de linfonodos, como é o caso de algumas infecções virais. A mononucleose costuma causar muitos gânglios palpáveis, principalmente na região do pescoço. Após a resolução do quadro, os gânglios voltam ao normal. A leucemia também pode cursar com um aumento generalizado de gânglios e seu diagnóstico sempre deve ser lembrado nesta situação.
Situações preocupantes:
- Gânglios palpáveis na região logo acima das clavículas, ou na região axilar e inguinal sem lesões nos braços e pernas, devem ser avaliados pelo médico.
- Linfonodos duros e aderidos aos tecidos mais profundos costumam ser suspeitos de malignidade (em geral, os gânglios são bem móveis e macios à palpação). Se ocorrerem sinais de avermelhamento na pele que cobre o gânglio e dor à palpação, pode haver uma adenite, que é uma infecção localizada no próprio linfonodo.
- Linfonodos que crescem rapidamente devem ser avaliados. Sintomas de febre, sudorese noturna ou perda de peso acompanhando, podem ser sinais importantes de patologias mais sérias.
- Se o tamanho do linfonodo for maior do que 1 cm, deve-se observar a evolução. Normalmente o tamanho regride bastante em 1 a 2 meses e deve ser menor do que 1 cm em até 3 meses. Se não houver regressão ou o tamanho for maior que 3 cm, há necessidade de avaliação médica , havendo maior risco.
Portanto, ao palpar gânglios na sua criança, não se desespere, mas preste atenção aos sinais de alerta. Na dúvida, é sempre melhor serem avaliados pelo pediatra, até mesmo para ouvir que não é nada.
domingo, 9 de setembro de 2012
VItamina D é a "bola da vez"

A vitamina D é essencial no metabolismo do cálcio. Ela promove a absorção intestinal do cálcio presente nos alimentos ingeridos. Com o cálcio disponível na circulação ocorre a adequada mineralização dos ossos. Sem vitamina D suficiente, os ossos se tornam finos e fracos, ocorrendo o que se conhece por raquitismo. Nos adultos, a vitamina D e o cálcio em proporções adequadas, evitam a osteoporose.
Além desta importante função, a vitamina D atua modulando o crescimento das células, reduzindo a inflamação e também possui função no sistema imunológico e neuromuscular. Muitas células no organismo possuem receptores para a vitamina D e, por este motivo, sua ação é bem mais ampla do que se imaginava antigamente. Sabe-se hoje, através de estudos em adultos, que a deficiência de vitamina D tem sido ligada ao aparecimento de doenças como osteoporose, câncer de mama, câncer de cólon, câncer de próstata e doença cardíaca.
A principal fonte de vitamina D é o sol. Isto, porque o organismo produz vitamina D na pele através da exposição aos raios ultravioleta. Há controvérsias com relação ao tempo necessário de exposição ao sol, para se alcançar níveis adequados de vitamina D. Há estudos mostrando que 5 a 30 minutos de exposição ao sol, entre 10 horas da manhã e 3 horas da tarde, pelo menos duas vezes por semana, no rosto, nos braços, nas pernas ou nas costas, levariam à produção suficiente de vitamina D. Porém, em dias completamente nublados há redução em 50% na energia ultravioleta e a poluição pode reduzir 60% desta energia.
Porém, sabe-se que a radiação ultravioleta é carcinogênica, sendo responsável por aproximadamente 1,5 milhão de diagnósticos de câncer de pele, bem como 8.000 mortes por melanoma maligno, anualmente nos Estados Unidos. A Academia Americana de Pediatria recomenda inclusive, que crianças menores de seis meses não se exponham ao sol e, a partir dessa idade, que utilizem grandes quantidades de protetor solar quando estiverem expostas.
Os alimentos em geral, são pobres em vitamina D. Os mais ricos nesta vitamina são o atum, a sardinha, o salmão e a gema de ovo. O próprio leite materno é pobre em vitamina D e seu nível está diretamente relacionado ao nível de vitamina D da mãe.
A suplementação da vitamina D é a forma mais eficaz para serem mantidos níveis adequados desta vitamina. Os maiores grupos de risco são as crianças amamentadas com leite materno exclusivo ou aleitamento misto, os adolescentes que ingerem pouco leite e os idosos. As crianças que tomam 1 litro de leite enriquecido com vitamina D por dia não necessitam de suplementação. Mas, logicamente, não se substitui o leite materno por outro leite para ter mais vitamina D. A melhor forma é a suplementação.
Preconiza-se a suplementação de 400 UI de vitamina D para crianças menores de 1 ano de idade, a partir da primeira semana de vida. Para quem tem entre 1 ano e 18 anos, a recomendação é de 600 UI de vitamina D por dia. Os idosos necessitam de 800 UI diárias.
Em nosso meio, a vitamina Ad-til é a mais conhecida e, cada gota tem 200 UI. Portanto, em crianças menores de 1 ano, 2 gotas por dia são suficientes, aumentando-se para 3 gotas por dia, a partir de 1 ano.
Quem viaja para os Estados Unidos pode trazer vitaminas mastigáveis contendo vitamina D e cálcio, que as crianças maiores adoram. Elas devem comer apenas uma por dia.
Para saber se sua criança está com os níveis de vitamina D adequados, a dosagem de OHvitaminaD no sangue é solicitada pelos médicos e, se necessário, faz-se a reposição.
Não deixe de conversar sobre isto com seu pediatra, pois a deficiência nesta vitamina é muito mais frequente do que se imagina.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Ser pediatra na era da informação

O Pediatrio está no portal Minha Mãe que Disse!, com um texto da Dra. Ivani sobre o que é ser pediatra na era da informação. Não deixe de conferir! Segue o link para o acesso:http://minhamaequedisse.com/2012/09/ser-pediatra-na-era-da-informacao/
um abraço,
Trio de pediatras
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Impetigo
Apesar de muitas bactérias viverem na superfície da nossa pele, normalmente elas não causam infecções, porque a pele representa uma barreira de proteção.
Mas, algumas situações podem “quebrar” esta barreira favorecendo a instalação de infecção na pele.
As crianças podem apresentar alguns tipos destas infecções, sendo a mais comum o impetigo.
O QUE É IMPETIGO?
Popularmente chamado de “impinge”, o impetigo é uma infecção de pele causada por bactérias de dois grupos: Streptococcus e Staphylococcus. É muito comum entre crianças de 2 a 6 anos de idade, mas podendo também surgir em crianças maiores e em adultos, especialmente no verão.
Há basicamente dois tipos de impetigo:
- Impetigo Comum: se apresenta com aspecto de feridas parecidas com picadas de insetos avermelhadas e em relevo. Costuma acometer mais a face e o agente mais comum é o Streptococcus.

- Impetigo Bolhoso: no início, aparece como o impetigo comum, mas vai se transformando na forma de bolhas cheias de líquido purulento. Ao estourarem, as lesões adquirem uma aparência amarelada com uma crosta cor de mel. Costuma atingir mais os braços e pernas e o agente principal é o Staphylococcus.

Estas feridas podem coçar muito, o que facilita a sua disseminação para outras pessoas, assim como para outras partes do corpo da própria criança.
Na maioria das vezes, estas lesões aparecem primeiramente nos orifícios do rosto, como ao redor da boca e das narinas. Em seguida, eles generalizam pelo rosto e até para todo o corpo. Gânglios ou ínguas podem surgir ao redor destas lesões.
Apesar da presença de bolhas e pus, geralmente não há febre nem queda do estado geral da criança.
QUAIS SÃO AS CAUSAS?
As bactérias Streptococcus e Staphylococcus que causam o impetigo estão presentes em muitos lugares, inclusive na superfície da nossa pele sem nos causar dano algum. Porém, basta uma “porta de entrada” como um machucadinho ao redor do nariz depois de um resfriado, uma picada de inseto, ou um corte ou ferimento comum para que as bactérias atinjam camadas mais internas da pele com a instalação do impetigo.
A contaminação pelo Streptococcus ou Staphylococcus costuma ocorrer pelo contato direto de pele com pele. Contudo, também pode ocorrer através de roupas e toalhas compartilhadas e até através do manuseio de brinquedos.
COMO SE TRATA?
Se a infecção for leve, cuidados locais para manter a região afetada bem limpa são suficientes. Em alguns casos, porém, pode ser necessário o uso de pomadas com antibióticos ou mesmo o tratamento via oral com antibióticos.
Normalmente, depois de 48 horas de tratamento com antibióticos, ou quando as feridas começarem a melhorar, a infecção deixa de ser contagiosa.
O QUE SE PODE FAZER PARA EVITAR O IMPETIGO?
O impetigo pode incomodar bastante e causar uma aparência desagradável. E, como qualquer doença na infância, se não for adequadamente tratada pode complicar, provocando infecções de pele mais graves e deixando cicatrizes.
Para evitar a doença e a sua disseminação para outras pessoas da família, vale a pena tomar algumas medidas preventivas:
- Lave diariamente a roupa, os lençóis e as toalhas da criança com o impetigo.
- Não permita que outras pessoas usem a mesma toalha, sabonete e itens pessoais da criança.
- O banho deve ser completo e diário.
- As mãos das crianças devem ser lavadas regularmente e as unhas mantidas bem curtas.
- Para quem cuida das lesões, é preciso lavar muito bem as mãos antes e depois da manipulação das feridas.
- Durante o tratamento, é aconselhável usar roupas folgadas de algodão, para reduzir o atrito com a pele e, com isso, a disseminação das lesões.
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