domingo, 7 de agosto de 2011

Meu filho está sempre resfriado!





É muito frequente escutarmos esta queixa em um consultório pediátrico, principalmente de pais de crianças nos dois primeiros anos de vida.

Para tranquilizá-los um pouco, sempre explico que a média de infecções respiratórias nos primeiros anos de vida é de 6 por ano e, para crianças que freqüentam creches e escolinhas, esta média pode subir para 12 por ano. Ou seja, a criança está sempre resfriada mesmo!


Na grande maioria dos casos, os causadores são os vírus e há um número bem grande deles... O rinovírus é o mais frequente causador de resfriados e os cientistas já descobriram mais de 100 tipos de rinovírus. Há também o já bem conhecido vírus influenza, causador da gripe, além de outros como o vírus parainfluenza, o adenovírus, o vírus sincicial respiratório, o metapneumovírus, o bocavírus, o coronavírus e os enterovírus.


E o que fazer com tantos vírus circulando por aí?

Lavem bem as mãos para evitar a disseminação dos vírus. Outra medida importante é tomar a vacina contra a gripe todos os anos. Se quiserem mais informações sobre a vacina contra gripe, leiam o post sobre vacina contra gripe (http://pediatrio.blogspot.com/search/label/gripe). Há uma “vacina” contra o vírus sincicial respiratório, mas ela só é aplicada em crianças em situações especiais como bebês prematuros, com doenças cardíacas ou pulmonares. Para os outros vírus, ainda não há vacina.


Geralmente, as viroses respiratórias evoluem bem e, em uma semana, a criança estará melhor. Porém, quando necessário, o pediatra prescreverá medicações para alívio dos sintomas ou para combater as complicações como: chiado no peito, desconforto respiratório, sinusites, otites e às vezes pneumonias. As rinites alérgicas podem apresentar sintomas muito parecidos com “um resfriado que nunca melhora”, mas há um tratamento específico para as rinites, por isso, na dúvida, consultem o pediatra.


Além de uma boa alimentação e uma boa hidratação, é preciso paciência, algumas noites sem dormir e muita dedicação, mas há um consolo: com o tempo, a criança cresce e a freqüência das viroses respiratórias diminui.







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