quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Fimose na infância




Uma das preocupações frequentes trazidas pelos pais de meninos aos consultórios pediátricos se refere à presença ou não de fimose.

Fimose é caracterizada pela dificuldade em expor a glande, que é a "cabeça" do pênis. Na grande maioria dos casos, a criança não tem fimose e sim apenas uma aderência do prepúcio à glande. Esta aderência está presente na grande maioria dos meninos ao nascimento e, durante o seu crescimento, costuma regredir totalmente em torno de três a cinco anos de idade.

Ao nascimento, apenas em 4% dos meninos se expõe a cabecinha do pênis. Após um ano, esse índice já atinge 50%. Aos três anos de idade até 90% dos meninos apresentam exposição da glande ao se retrair a pele que a recobre.

Nos casos em que não se consegue retrair a pele, há um anel fibroso que impede que isto aconteça. É a chamada fimose patológica. Se forçarmos a pele, há risco de machucar e formar uma fissura. Com a cicatrização, a fibrose que resulta torna o anel mais fechado ainda. Então, não está indicado fazer "exercícios ou massagens" para ajudar a "alargar" o anel da pele do prepúcio. Os exercícios, ao causarem dor e desconforto, também geram medo na criança e este medo prejudica a boa higiene local que previne a instalação de fimose.

Portanto, a limpeza da glande, abaixando a pele do prepúcio até onde for possível para fazer a higiene é a melhor forma de prevenir a fimose, sem "massagens ou exercícios”.

Especialistas em Urologia Pediátrica afirmam que não é preciso se preocupar com a fimose nos primeiros meses de vida, pois a regressão natural, tomando-se os devidos cuidados de higiene, pode acontecer nos primeiros anos de vida.

Nos casos em que o anel é muito estreito e não há possibilidade de abaixar a pele para a limpeza da glande, é indicada a cirurgia de postectomia. Em casos de anel com estreitamento leve, pode-se utilizar uma pomada para facilitar seu alargamento, mas, se não houver resultado, indica-se a cirurgia.

Se você tiver dúvidas se o seu filho tem aderência bálano-prepucial ou fimose, consulte o pediatra, que poderá identificar o tipo e orientar o melhor tratamento.






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