É uma doença tipicamente da infância, mas que também pode acometer adultos. As pessoas infectadas geralmente apresentam febre e lesões muito típicas: inicialmente são pequenas bolhas que aparecem em todo o corpo (principalmente no couro cabeludo, face, tronco e região genital) e que evoluem para a forma de crosta. A pessoa infectada transmite a catapora desde dois dias antes do aparecimento das lesões e permanece transmitindo o vírus enquanto estiver com lesões na forma de bolhas, geralmente até o 5º dia da doença. Isto quer dizer que, quando as lesões estão todas na forma de crosta, já não ocorre mais a transmissão da doença, ou seja, a maior transmissibilidade é no início da infecção. Pessoas que já tiveram catapora em algum momento da vida estão imunes e não adquirem e nem transmitem a doença, mesmo que tenham tido contato com alguém que esteja infectado.
Apesar de ser uma doença muito incômoda, não só pelas lesões que começam a coçar na fase de crostas e por obrigar as crianças a se afastarem da escola, a catapora é uma doença benigna na grande maioria das vezes. Porém, em alguns casos, pode evoluir com complicações como infecções na pele, pneumonia, encefalite, artrite e até com uma forma grave conhecida como varicela hemorrágica.
Felizmente, existe a vacina contra a varicela, mas que ainda não é oferecida no sistema público de saúde. A vacina está disponível em clínicas privadas e pode ser aplicada a partir de um ano de idade. As crianças que tomaram a vacina com um ano devem tomar um reforço com 4 anos. É muito comum atendermos crianças e adolescentes que pegaram catapora porque não tomaram o reforço da vacina, portanto, não se esqueçam do reforço!
Se o seu filho ainda não teve catapora, converse com o pediatra sobre o assunto. É importante saber que a aplicação da vacina não está restrita às crianças, podendo ser utilizada também por adultos e adolescentes que não tiveram a doença. Se este é o seu caso, converse com o seu médico.
