sábado, 19 de novembro de 2011

Diarréia aguda em crianças




A diarreia aguda é uma doença freqüente em crianças. Caracteriza-se pelo aumento do número de evacuações com perda de consistência das fezes, que se tornam mais amolecidas e algumas vezes, podem ter presença de muco, sangue, gordura ou pus. A diarreia aguda pode estar acompanhada ou não de vômitos e febre. É caracteristicamente auto limitada, ou seja, o próprio organismo se encarrega da cura em poucos dias, mas pode durar até 2 semanas.

Durante este período, o mais importante é manter uma alimentação adequada para a criança e oferecer muito líquido para prevenir a desidratação, que é a complicação mais comum da diarreia aguda.

As causas mais freqüentes da diarreia aguda são as infecciosas e dentre os agentes, os mais comuns são: vírus, bactérias, toxinas alimentares e parasitas.

Muitas medidas são efetivas para evitarmos as diarréias na infância. Nos bebês, ajuda muito manter o aleitamento materno exclusivo, até o sexto mês de vida. Nas crianças maiores, ao se introduzir outros alimentos é importante tomar cuidados como a adequada lavagem das mãos, e utilizar sempre água filtrada ou fervida na higienização e preparo dos alimentos. A vacinação contra rotavírus também ajuda a criança ficar protegida contra este agente muito comum nas diarréias agudas.

O uso de antibióticos no tratamento das diarréias é controverso, mas raramente é necessário usá-los na diarréia aguda. A grande maioria das crianças apresenta uma condição clínica estável e não necessita de antibióticos. Apenas em algumas situações em que as evacuações se apresentam com sangue (diarréias disentéricas) e dependendo do estado geral da criança, o pediatra poderá indicar o uso de antibióticos. Também algumas verminoses, quando comprovadas, necessitam de tratamento específico.

Existem vários medicamentos chamados "antidiarréicos”, mas nenhum deles deve ser utilizado, pois alem de não oferecerem vantagens, podem causar efeitos colaterais indesejáveis. É importante lembrar que a diarréia é a forma que o organismo tem de eliminar as toxinas ou bactérias e vírus que estão agredindo o organismo, desse modo, trata-se de um mecanismo de defesa. Estes microrganismos precisam ser eliminados, do contrário, podem levar à invasão do intestino com quadros graves de generalização da infecção. O problema é que o organismo elimina estas toxinas junto com elementos que são necessários para o nosso funcionamento, como água e nutrientes, por isso a reposição de líquidos e a manutenção da alimentação adequada é fundamental para o retorno do funcionamento normal do aparelho digestivo.







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