domingo, 12 de junho de 2011

A equação do colesterol

Ilustração: Claudia Marianno

Sem dúvida alguma, a prevenção é a chave da vida longa e com qualidade. Atualmente o pediatra tem a prevenção como base importante em sua atuação.

Os níveis sanguíneos de colesterol, por estarem envolvidos na ocorrência de infartos e derrames, passaram a ser monitorados de perto. E, hoje, a determinação destes níveis , já se inicia na infância.


Mas, afinal, o que é o colesterol? O colesterol é uma substância gordurosa produzida no fígado. É uma das gorduras, ou lipídeos, que o organismo necessita para produzir hormônios e as membranas das células. O nível de colesterol total medido na coleta de sangue é resultado da seguinte equação:

Colesterol ingerido + Colesterol produzido – Colesterol queimado = Colesterol total
Os fatores desta equação representam o seguinte:

Colesterol ingerido: é proveniente de alimentos como gema de ovo, carnes, frutos do mar, alimentos lácteos como leite, queijos e sorvetes.

Colesterol produzido: supondo que uma pessoa não ingerisse NADA de gordura em sua dieta, mesmo assim, seu fígado produziria colesterol, a partir de outros alimentos ingeridos. Isto ocorre pela necessidade de se utilizar colesterol, por exemplo, na produção de hormônios.

Colesterol queimado : o exercício ajuda a baixar os níveis de colesterol e está altamente recomendado para ajudar no seu controle.

Não raramente vejo crianças magras, que têm alimentação saudável e são ativas, com níveis de colesterol aumentados para sua idade. E os pais questionam o porquê disto ocorrer. Se olharmos para a equação acima, veremos que, se o colesterol é ingerido pouco e queimado muito, níveis aumentados só podem acontecer por uma produção interna maior, decorrente da genética do indivíduo. Nestes casos, é necessário que o controle da ingestão e a queima de gorduras continuem bem controlados, para não haver piora nos níveis.

Porém, ao nos depararmos com resultados aumentados de colesterol em nossos filhos, um exame detalhado na dieta da criança, com a substituição de alimentos calóricos por alimentos com menos gordura se faz necessário. Observar o tipo de alimento ingerido em casa, os lanches da escola, o excesso de leite, achocolatados, frituras, substituindo por mais frutas, vegetais e cereais. E incentivar mais exercícios físicos, menos horas em frente ao computador e televisão, que acabam tomando conta de quase todo o tempo livre dos pequenos.

Precaução: Antes de implantar qualquer mudança radical na dieta ou nos hábitos de atividade física de sua criança, converse com seu pediatra, para não haver prejuízos por falta de nutrientes importantes ao seu desenvolvimento.









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